O Henrique e a Joana vão casar!
O dia do Sim aproxima-se em corrida acelerada e há festivais de borboletas a cobri-los de arrepios.
Contam-se as horas que faltam. É tempo de ensaiar a dança e alinhar as ideias do discurso. Em breve se contarão minutos e passos até à porta da igreja.
Em Maio ainda só se contavam os meses e a Joana e o Henrique vieram ao Porto. Vinham namorar e queriam os mimos, os olhares e os risos guardados, para não mais esquecer; e para repetir dali a 50 anos - essa é a promessa! Mesmo que de bengalas na mão! Queriam registar o amor e a intimidade, a alegria e a juventude.
Haverá momento de maior intimidade do que o acordar, o beijo matinal e o abraço ensonado? Madrugámos e fomos encontrá-los ainda a preguiçar na cama. Depois de pequeno-almoço entre lençóis e guerras de almofadas, acabámos a manhã pelas ruas do Porto, fugidos do supermercado onde afinal não se pode fotografar, refugiados na Livraria Lello e perdidos de novo entre becos e quelhas.
Contavam-se meses então, agora contam-se arrepios... está quase!